quinta-feira, dezembro 25, 2003

Textos de Contracapa Começo a sentir-me bem por aqui. Pena que o tempo não chegue para ler tudo o que é interessante.
Dizem que o meu template se confunde com o dos pipis. Não sei o que é, tenho de ir ver.
Ponto e Vírgula Inveja pontual,

A Vírgula trabalha ao sábado à tarde. Independentemente do sol. O Ponto sabe disso.

Espero que te engasgues com a areia e que apanhes sempre bandeira vermelha.
posted by Vírgula 4:09 PM

quarta-feira, dezembro 24, 2003

O Blog dos Putos O vício

Está a atingir dimensões preocupantes a minha adicção paróxica por blogs.
Agora até já dou por mim a ir ao meu blog, onde só eu escrevo, sublinhe-se, ver se há algum post novo. Sublinho, só eu lá escrevo.

Socorro!
posted by Puto Paradoxo
O Quarto do Pulha Um dedo gorduroso resvalou para o botão número 2. Aconteceu aparecer no écran o Acontece (uma espécie de “É a cultura, estúpido”, sem piadas). O Carlos Pinto Coelho riu, pois sabia que eu me ria também.
Nota positiva para a gravata do apresentador, cujo padrão combinava com o estúdio.
Prazer Inculto Passa das 2 da manhã e o Fernando Rocha está em directo, na SIC, perante uma plateia em estado de hilariedade total. Novamente aplaudido de pé.
Imagino que seja um apelo à nossa tolerância e às alegrias da diversidade cultural. Outra hipótese interessante seria passar-lhe com um compressor por cima.

terça-feira, dezembro 23, 2003

Gato Fedorento Excerto do último discurso do Papa João Paulo II: "Deus é como o Casino de Lisboa: está em todo o lado." MG
Contra a Corrente Querem saber qual a melhor maneira para se passar a ser pessimista, quanto ao futuro da humanidade? Experimentem falar com um aluno universitário ou com um dirigente académico. Como diria o Nelson Rodrigues, hoje em dia, diante da omnipotência de um jovem universitário, um adulto tem, por vezes, um olhar estrábico de pavor.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Dicionário do Diabo VERNÁCULO: No Flashback, diz José Magalhães, irritado, a Pacheco Pereira: «Ó Pacheco, vá escrever o blog». Ou: a blogosfera como eufemismo.
Núcleo Duro Tudo no universo vem do nada. Nada – o inominado é o princípio... Segue a não-existência de Tao e serás como ele, sem precisar de nada, contemplando a maravilha e a essência de tudo. Quando compreenderem isto, os adeptos do Benfica vão parar de se preocupar com as teias de aranha na sua estante de troféus.
Tradução Simultânea MASSACRE DE SANTO ANTÓNIO Turbas ébrias e ululantes. Bairros inteiros invadidos por bárbaros. Sardinhas ao preço de um T1. O body count no dia seguinte. The horror...The horror...

domingo, dezembro 21, 2003

Em Busca da Limpida Medida Todas as palavras

São apenas, pois, o intervalo dos gestos contínuos, que devem ser tudo. Os pensamentos que as palavras traduzem - só isso devem traduzir - nunca se ame com palavras! mas com gestos! - desejo que vos inspirem, ajudem.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Aviz Todos somos um pouco errantes, um pouco.
epiderme ...e já não existem pontos de partida, já só existem encruzilhadas. Lugares no tempo em que somos confrontados com escolhas. Momentos decisivos. Parar, voltar para trás ou simplesmente sair do caminho. Ou podemos dar o passo que falta e seguir em frente, rasgar um percurso, sem certezas, mas tentar. Tudo foi já iniciado. Há muito. Conhecemos já demasiado bem a estrada para a inventar de novo. Mas podemos inventar o que falta, preencher os espaços em branco, sonhar mais um pouco. Podemos escolher fazê-lo. Há quem tropece, claro, ninguém disse que ia ser fácil. Mas por alguma estranha razão existem mesmo alguns loucos, muitos mesmo, que se atrevem a arriscar o novo, o não experimentado. O futuro. Há quem goste de provar que tudo é inflamável.

(o futuro é cada palavra ainda não lida desta frase)
Memória Inventada PAISAGENS: A SOMBRA DE KUBRICK

Às duas da tarde de um dia de Inverno, visto de perfil e em contra-luz, o delgado edifício sede das nações unidas lembra o monólito do 2001, Odisseia no Espaço. Só a seguir me dei conta de todas as implicações que a comparação encerra.

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Destination_myself Pen friend...
Quando o correio era a única forma de comunicarmos, trocavamos cartas longas e recheadas de novidades. A milhares de Km de distância, o tempo de espera fazia de cada carta um momento especial.

Agora temos a net... os segundos de distância transformaram o nosso vocabulário e cada e-mail tornou-se uma obrigação. Parece que quanto mais próximos, menos temos para nos dizer...

Há amizades que precisam ser consumidas devagar, para que cada momento não perca o seu brilho e possa ser reconhecido na imensidão de luzes da vida.
Dædalus Em 17 de Dezembro de 2003, os irmãos Wright ampliavam os horizontes da imaginação humana ao libertarem-se pela primeira vez [presumivelmente] do fado da gravidade com a ajuda de um planador a motor mais pesado que o ar. Orville e Wilbur testaram com êxito o seu planador, Wright Flyer, nos Montes Kill Devil na Carolina do Norte.
Felizmente para os anti-americanos primários existe o pequeno brasileiro Alberto Santos-Dumont. Porquê felizmente? Porque para muitos este mineiro de apenas 1,50m é que é o verdadeiro pai da aviação. Três anos depois do suposto feito alado dos Wright Bros., Santos-Dumont, a bordo do seu 14-Bis, sobrevoou o Campo de Bagatelle em Paris perante os olhares varados de 300.000 franceses.
A propaganda americana releva o feito dos Wright, os brasileiros realçam o feito de Santos-Dumont. Eu prefiro elogiar as quimeras tornadas realidade de uns e outros.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

Retorica e Persuasao No Público de hoje, o Dig.º Bastonário da Ordem dos Advogados resolveu apelidar Sócrates de 'grande sofista'.

Por momentos julguei até que não estivesse a referir-se ao Sócrates grego...
little black spot num desastre de intimidade excessiva, a matéria deste blog torna-se tecido orgânico. de uma ponta à outra o rasga uma ferida aberta, expondo a carne viva do que sou, do que trago por dentro. um rosto de menina que há muito perdi - envelhecerei bruscamente, como Duras -, as mãos frias abandonadas na indiferença dos bolsos, os olhos em dolorosa expectância do vazio.
acordou esta noite o buraco no peito, grita e lateja e arde, e à minha volta cresce a noite negra onde aquele canto que tudo sabe me descobre. escrevo como quem escava, pouco há de mim que resista ao deserto. vivo em pleno desencontro, auscultando as ruínas dos sonhos desfeitos. passo os dias a procurar-me entre os escombros.
por vezes acontece doer-me a tua ausência - porque estás aqui mas há muito já partiste para sempre - e em momentos assim, como este, dispo-me de tudo, da própria pele, entristeço mais um pouco, definho e desapareço aos poucos num choro sossegadinho, disfarçado, de que ninguém suspeita.
flor de obsessão Podemos passar a vida a relembrar a aliança passada entre os Estados Unidos e Saddam, que teve, aliás, o seu contexto, os seus motivos e os seus protagonistas. Podemos passar a vida a exprobrar a hipocrisia americana. Eu pensava que o vício maior de um país (ou, de resto, de uma pessoa) não é tanto a hipocrisia mas a persistência no erro. Julgar em permanência um país pelos pecados da sua História externa não é apenas anacronismo; revela um grau exagerado de desonestidade intelectual. Eu não aprovo toda a História dos Estados Unidos. Mas sei que é positivo e acertado, quando um país se mostra inflexível com um regime totalitário.

domingo, dezembro 14, 2003

ABRUPTO Mal levantei os olhos, o céu foi riscado por um meteorito. Ainda há demasiada lua para se poder tomar partido do escuro mais frio, mas, à volta de Oríon, as estrelas brilhavam. O meteorito atravessou de Norte para Sul, um trajecto pouco habitual. Durou o costume, quase nada. Não deu tempo.